domingo, novembro 05, 2006

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sexta-feira, novembro 03, 2006

sei lá

Não sei é resposta às perguntas da Humanidade? Sei lá. O homem tem a mania de buscar respostas pra tudo. Desde a infância: “papai, por que o céu é azul?”. A fase do por que isso é assim e não assado e por que o frango é assado e não assim é normal para todos, mas poucos continuam se perguntando na fase adulta. Eles viram cientistas ou alcoólatra. Chega uma fase em que o homem dá conta da sua insignificância e desiste de tanto procurar respostas. Surge então os “não sei e ponto” ou o pior: “não sei não quero saber e não gosto de quem sabe”. Chamava isso de alienação. Chamava. Agora, mais adulto, simplesmente não chamo, só acho que sei lá. Não só acho como tenho certeza. Afinal não saber é um fato. Realmente não sabemos de quase nada (o Lula muito menos). A própria ciência tem grandes limitações. A matemática e a física só funcionam no vácuo sem atrito. A literatura e as artes são sujeitas à interpretação do indivíduo. Que dizer então da filosofia? Falo mais especificamente da filosofia de vida, da ética individual... Não sei mais quais são meus valores, se é que tive algum valor um dia. Um confuso não sei parece ser a resposta de tudo, para tudo, pára tudo. Sei lá, mas acho que não sei mesmo que eu tô falando. Essa filosofia de boteco me deixa maluco. Faltam respostas, mas não é alienação. Ainda tenho o espírito empírico de busca da verdade. Só que descobri que nunca vou atingi-la, então o não sei é sempre a resposta mais correta.
Dessarte, conclui-se que, sei lá.